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2009-02-15

SSRN SEAVIEW

Apesar de os brasileiros entenderem «SUBMARINO CIVIL», mesmo alguns dos embarcados estarem visivelmente trajados com uniformes cáqui da Marinha Americana, a série de TV dos Anos ‘60, criação do genial Irwin Allen (idealizador de Terra de Gigantes, do próprio Túnel do Tempo, aqui homenageado como blog-title, a série Perdidos no Espaço) os incríveis protótipos renderam vários mock-ups, todos eles, SIM, feitos SEM COMPUTADORES!
A história girava entre as aventuras -e as desventuras- de uma joint-venture particular com um segredo militar incrível, cujo design permitia... ver sob o mar! Daí o o nome «sea view», algo absolutamente impensável -e 100% impossível- em qualquer submersível que se preze, sem contar as derivas gêmeas Rabo-de-Peixe «Cadillac Style», mas, ora essa! QUEM SE IMPORTAVA?
A série que quase todos conhecemos, na verdade, foi um desdobramento de um filme de cinema, de título homônimo, do qual inagurou uma série de "recomendáveis comportamentos cinematográficos", quase uma manuel de Estilo, do que viria a ser fazer Cinemão.

Em uma palavra: CLICHÈE.

Primeira Lição da Sétima Arte:
O conceito de "TEMPO RUIM O TEMPO TODO"
- Esse conceito foi inaugurado pelo filme em película, do cinema, com o Submarino SeaView, arqui-protagonista de VIAGEM AO FUNDO DO MAR (Voyage To The Bottom Of The Sea), sendo chamado prá explodir um fatísdico asteróide utilizando alguns de seus 16 foguetes balísticos atômicos, um Cientista à bordo, contrário á idéia, um Presidente dos Estados Unidos, batendo forte na pressão, Cientistas Bonitas em seus jalecos brancos à bordo (por si só, um problemão e tanto, imagine o climão dentro do submarinão, que mais se parecia um ginásio coberto, tamanho era o espaço interno)... Não bastasse as encrencas de superfície, SIM, havia um sabotador à bordo.

Se duvida que a série foi a original criadora do que virái á ser conhecido por "clichée" (significado aproximado de clichèe: Estrutura narrativa, visual, comportamental ou de áudio, que se dá pela repetição ou citação de narrativas pré-existentes), assista ao modernoso Hunting for Red October ("Caçada ao Outubro Vermelho") com Mr. Sean "Tanksh" Connery, e está tudo lá...

Segunda Lição da Sétima Arte:
O conceito de "TODO MUNDO UNIFORMIZADO"
- Nunca maltrate os pobres cérebros dos tele-espectadores. Facilite as coisas no visual, pois é a informação que primeiro vai entrar nas criaturas domésticas, então, trate de uniformizar todo mundo, com visíveis hierarquias. Fetiche puro. Cientistas, sempre gostosas e sexies, mesmo em trabalho dentro de um submarino de pesquisas atômico, sempre de jalecos brancos acinturados e pranchetas às mãos, por sí só, um uniforme e tanto, convenhamos, senhores...
Terceira Lição da Sétima Arte:
O conceito de "PAINÉIS DE COMANDO EM CURTO"
- Não importa quanto a eletricidade tenha evoluído, com fusíveis sequenciais, dispositivos de descarga, Aterramentos, DDR´s, etc... O melhor jeito de transmitir uma encrenca do caralho á bordo de um submarino (ou foguete, ou avião, hoje em dia...), é fazer os painéis eletrônicos soltarem faíscas flamejantes e fumaças variadas, indo do branco nuvem ao preto fuligem. Ah! Não se esqueça dos EXTINTORES DE INCÊNDIO, emitindo sons de escape da pressão interna do gás dos cilindros vermelhos, como se fossem válvulas de alívio de emergência das células de hidrogênio do próprio dirigível Graff Zeppellin.
Quarta Lição da Sétima Arte:
O conceito de "HEI, NÓS ESTAMOS MESMO NO MAR"
- O Seaview chama-se o que ele se chama ("visão do mar", literalmente), por causa daqueles janelões feitos em, SIM!, Herculite, com 300mm de espessura. Então, tasque peixes os mais variados e, preferencialmente, gigantescos. Como se estivessem sobre Recifes de Corais, mesmo que os Recifes de Corais mal permitam a navegação de caiaques, pois é por isso que se chamam RECIFES e não FOSSAS ABISSAIS.
Quinta Lição da Sétima Arte:
O conceito de "HEI, NÓS ESTAMOS MESMO NO MAR - 2"
- Abrir a escotilha que dá acesso à torre de observação lá em cima e ao deck de embarque mais embaixo, é o momento chave da conexão Claustro~Ar Livre. Capriche com respingos de água ou mesmo, cachoerias caindo no hall interno da escada do Seaview, molhando seus protagonistas e, é claro, empoçando no chão metálico. E faça com que ninguém ligue de se molhar, pois é a coisa mais natural do mundo, estando no mar.

Sexta Lição da Sétima Arte:
O conceito de "IMPECABILIDADE ABSOLUTA À BORDO"
- Do Taifeiro ao Almirante, todos passam pela vaporosa Lavanderia e pelas Passadeiras de Uniforme à bordo, provavelmente, aproveitando o excedente termo-nuclear de seus potentes propulsores gêmeos atômicos, com ferros à vapor e pranchas. Lembre-se que seus motores podem fazer o Seaview singar submerso por meses seguidos. Então, roupítchas de todo mundo, sempre lisinhas, sem vincos aparentes ou sinais de uso na rotina do barco. Vilões, inclusives. Ah! Barbas feitas, ESCANHOADAS e, claro, fêmeas com ríimel, batom e blush, pois voce tem que admirá-las, pensando... "QUE MULHER GOSTOSA!"
(aguarde atualização em breve) 

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